Como
J.J. Thomson descobriu o elétron?
O modelo atômico proposto por Dalton, apesar de ter grande importância
para a comprovação de cálculos e das medições estequiométricas das massas das
substâncias, não previa a natureza elétrica da matéria. Coube, a JJ Thomson provar
que o átomo era divisível e que o mesmo apresentava natureza elétrica. Como ele fez
isso? Tudo começou quando ele descobriu a primeira partícula fundamental do
átomo, o elétron.
Para provar a existência do elétron, Thomson realizou
experimentos em tubos de vidro (chamados tubos de raios catódicos). Os raios catódicos
são raios emitidos quando uma grande diferença de potencial é aplicada entre
dois eletrodos em um tubo de vidro contendo gás à baixa pressão (praticamente
sob vácuo).
A partir de seus experimentos, Thomson conseguiu provar a existência
dos elétrons do seguinte modo:
·
Mostrou que raios catódicos
são na verdade fluxo de partículas que saiam do interior dos átomos que
compunha o eletrodo de carga negativa (o cátodo).
· Interpretou, a partir da
observação, que as partículas carregadas por esses raios só podiam ser
negativas, uma vez que elas eram atraídas pela parte positiva do campo elétrico aplicado entre placas de metal ou magnético
(ímã) posto ou encostado no tubo de vidro.
· Observou que as partículas
apresentavam massa, pois eram capazes de movimentar uma espécie de catavento
colocado dentro do tubo de vidro.
· Concluiu que as partículas que
compunha os raios eram as mesmas independentemente de qual fosse o material
metálico usado como cátodo. Assim, percebeu que elas faziam parte de todos os
átomos. Posteriormente essas partículas
dos raios catódicos foram batizadas de elétrons.
J. J.
Thomson após seus experimentos com raios catódicos, apresentou discussões sobre
a constituição da matéria afirmando que essas partículas fariam parte de toda a
matéria conhecida, inclusive estrelas e planetas.
Sequencialmente,
em 1886, outro cientista, de nome Eugen Goldstein, descobriu os raios anódicos
ou canais, que eram raios carregados positivamente, formados pelo que sobrou
dos átomos do gás que teve seus elétrons arrancados pela descarga elétrica.
Sabia-se que estes raios possuíam carga positiva porque eram desviados na
direção oposta da dos raios catódicos, ou seja, eram atraídos pela placa
negativa.
Descobriu-se
então que o átomo também possuía uma parte positiva, o que inclusive era
necessário para manter sua neutralidade elétrica. Desse modo, J. J. Thomson
propôs um novo modelo para o átomo, apelidado de “pudim de passas” ou “pudim de
ameixas”. Seria uma esfera de carga positiva, não maciça, incrustada de
elétrons (negativos), de modo que sua carga elétrica total é nula.
FONTE
[1] ATKINS, Peter William;
JONES, Loretta. Princípios de química:
questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman,
2012
[2] FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "O experimento de Thomson
com descargas elétricas"; Brasil Escola. Disponível em
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/o-experimento-thomson-com-descargas-eletricas.htm>.
Acesso em 21 de fevereiro de 2019.
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