Urinar é o principal processo pelo qual
excretamos nitrogênio de nossos corpos. A urina é produzida pelos rins e, em
seguida, armazenada na bexiga, que começa a se contrair quando o seu volume excede
cerca de 200 mL. O humano médio excreta cerca de 1,5 L de urina por dia e o
principal componente é a ureia, cerca de 20 g por litro.
<ul>
<li> TOPICO 1</li>
<li>Topico 2</li>
Em uma tentativa de sondar a origem das pedras
nos rins, os químicos do século XVIII tentaram isolar os componentes da urina por
cristalização, mas foram impedidos pela cocristalização com o cloreto de sódio
também presente. Ao químico e médico inglês William Prout* é creditada a
preparação de ureia pura, em 1817, e a determinação de sua análise elementar
acurada como CH4N2O.
Prout era um ávido proponente do pensamento
então revolucionário de que a doença tem uma base molecular e poderia ser
entendida como tal. Este ponto de vista chocou-se com o dos chamados vitalistas,
que acreditavam que as funções de um organismo vivo são controladas por um
“princípio vital” e não podem ser explicadas pela química (ou pela física).
Nesta questão entrou o químico inorgânico
Wöhler, que tentou obter cianato de amônio, NH4+OC-
(também CH4N2O), a partir de cianato de chumbo e amônia,
em 1828, mas obteve o mesmo composto que Prout tinha caracterizado como ureia.
A um de seus mestres, Wöhler escreveu:
Em seu artigo histórico “Sobre a formação artificial da ureia “, ele comentou sua síntese como um “fato notável, uma vez que é um exemplo da geração artificial de um material orgânico à partir de materiais inorgânicos”.
“Posso fazer ureia sem um rim, ou mesmo sem uma criatura viva”.
Em seu artigo histórico “Sobre a formação artificial da ureia “, ele comentou sua síntese como um “fato notável, uma vez que é um exemplo da geração artificial de um material orgânico à partir de materiais inorgânicos”.
Ele também aludiu ao significado da descoberta
de que um composto com a composição elementar idêntica a do cianato de amônio
pode ter propriedades químicas completamente diferentes, um precursor do
reconhecimento da existência de isômeros. A síntese de Wöhler da ureia forçou
os vitalistas contemporâneos a ele a aceitar a noção de que compostos orgânicos
simples podiam ser feitos em laboratório.
Ao longo das décadas seguintes, a síntese gerou
moléculas muito mais complexas do que a ureia, algumas delas capazes de autorreplicação
e com propriedades semelhantes às da vida, de modo que as fronteiras entre ter
ou não ter vida estão diminuindo.
Além de sua função no corpo, o alto teor de nitrogênio da ureia a torna um fertilizante ideal. É também matéria-prima na fabricação de plásticos e colas, ingrediente de alguns produtos de higiene e extintores de fogo, e alternativa ao sal para degelo de estradas, sendo produzido industrialmente a partir do dióxido de carbono e da amônia, no total de 100 milhões de toneladas por ano.
Além de sua função no corpo, o alto teor de nitrogênio da ureia a torna um fertilizante ideal. É também matéria-prima na fabricação de plásticos e colas, ingrediente de alguns produtos de higiene e extintores de fogo, e alternativa ao sal para degelo de estradas, sendo produzido industrialmente a partir do dióxido de carbono e da amônia, no total de 100 milhões de toneladas por ano.
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